sexta-feira, 30 de agosto de 2013



BLACK SABBATH 13, NOSSO NÚMERO DE SORTE!


Lembram em Kill Bill Vol.02, quando o personagem Budd de Michael Madsen, analisa a espada de samurai da Noiva e ele conclui “É uma autêntica Hatori Hason.”? Bom, o mesmo pode ser dito sobre 13, novo e tão esperado disco do Black Sabbath com Ozzy Osbourne nos vocais! 13 é um autêntico disco do Black Sabbath! Sem cometer qualquer tipo de exagero, mesmo porque seriam até bem vindos, 13 nos oferece o que há de melhor no Sabbath. Admito que a ansiedade, expectativa e medo eram grandes, porque desde o longínquo ano de 1978, Ozzy não gravava um disco de estúdio com Tony Iommi & Geezer Butler, Bill Ward pulou fora em cima da hora e deverá se arrepender amargamente por toda eternidade depois que ouvir o material que deixou de participar!
A edição De Luxe de 13 vem em formato digipack com dois cds, o primeiro contendo o disco com suas 8 e extensas faixas e o segundo cd com 3 faixas bônus que também são maravilhosas mas ficam melhor isoladas do disco em si. 13 começa com End of the beginning, que logo de cara espanta qualquer receio que se possa ter! Ela lembra um pouco do começo do Sabbath com a faixa que dá nome à banda e faz um sorriso de satisfação explodir em nosso rosto! Na sequência, God is dead? Outra porrada que fará muitas cabeças balançarem! Loner, outra boa faixa que vem seguida de Zeitgeist, que nos remete diretamente no tempo rumo a Planet Caravan, de Paranoid! Age of Reason e Live Forever voltam com o peso tradicional e finalizando, duas grandes e belas surpresas, Damaged Soul e Dear Father, que mostram o velho Sabbath se desenvolvendo e seguindo livremente e feliz como nos bons e velhos tempos!
Bom, Ozzy sempre falou que o Black Sabbath sem ele não era Black Sabbath e claro, pela banda passou bons vocalistas de talento incontestável como Ronnie James Dio e Ian Gillan, que fizeram álbuns clássicos, mas ao ouvir 13, é impossível não dar razão a Ozzy Osbourne! Tony Iommi está totalmente inspirado e Geezer Butler feliz da vida! Talvez, pelos motivos de saúde de Tony, eles viram que tinham que fazer o melhor trabalho de suas vidas, pois esta talvez fosse a última chance deles fazerem isso. Eles alcançaram o objetivo e digo ainda mais, se superaram em seu desafio! 13 se encerra da mesma forma que começa o primeiro disco da banda, com chuva e trovões, fechando assim por dizer, um ciclo e por todas as razões universais já nasceu Histórico & Clássico, coisa rara nos dias atuais!

Tubarão.

Aqui deixo o link com End of the beginning, um dos novos clássicos destes nobres senhores:


Alto Som

quinta-feira, 14 de março de 2013

Fumaça Negra


Por: Rogério Mansera e Wagner de Souza

Crescimento de 22% em 40 anos; elenco de sumidades na Forbes; fenômeno nas redes sociais; uma temida bancada no Congresso Nacional; heroicos defensores da “Tradição” e da “Família”...
O mito do crescimento do protestantismo no Brasil é maior do que o fato. Este mito pretende nos convencer do relativo êxito do protestantismo onde supostamente o catolicismo naufraga. Ele pretende nos persuadir de que é o avanço do protestantismo a causa da recessão do catolicismo. Mentira absurda. Acreditar nisto, é supor que as pessoas estão fazendo uma escolha refletida e idônea entre um e outro. Ora isso é impossível! É bastante para o confirmar, consultar o perfil das pessoas que aderem ao protestantismo: Gente miserável, analfabeta ou sem formação específica alguma, expulsas dos mais remotos e estéreis sertões do Brasil e que vem ao sul/ sudeste para engrossar os números da favelização nestas regiões. É precisamente neste ponto que se situa o problema.

A mensagem salvífica do catolicismo implica que o indivíduo tenha um mínimo de preparo espiritual, fornecido pelos sacramentos do catecismo, do crisma, da primeira comunhão, para que ele enfim possa participar ativa, consciente, e não passivamente da missa. O rito católico prevê uma iniciação do indivíduo em matéria de fé e de ética. A fé Católica implica, do mesmo modo, na compreensão de que sua eficácia repousa no depósito feito  ao magistério da Igreja pelo próprio Cristo. Disto resulta a meticulosa preparação do corpo sacerdotal. Um Padre, que foi antes um seminarista, é alguém versado em matérias que o capacitam para receber este depósito. São sete anos o tempo necessário para a formação de um Padre em contraste com os ínfimos três meses requeridos para a ordenação de um Pastor. Por outro lado o protestantismo, cúmplice da penúria intelectual e espiritual que assola a nação, pede ao indivíduo uma única declaração de fé que muitas vezes é resultado do desespero, do medo, da indigência que a miséria impõe.
E não é difícil ver por aí um evangélico sobraçando a bíblia e acusando os católicos de todo tipo de heresia de que sua miopia espiritual lhes permite ver: - “ Os católicos são idólatras, cultuam à Maria e aos santos antes que a Jesus...” Falam sem conhecimento de causa; é essa uma impressão que resulta da própria natureza bestial destas pessoas. Porque atribuir esse julgamento a um esforço de reflexão sobre o catolicismo, ou mesmo sobre as “virtudes” do protestantismo é um ato de imensa generosidade.

A fórmula dos evangélicos é simples e banal. É de uma teatralidade vulgar e medíocre, infalível para os de mente fraca, para os ignorantes. O culto desenrola-se num palco em que uma banda vibrante e um pastor revolto e maníaco, convicto de suas palavras, alternam-se numa exibição grotesca de gritarias e insanidades que culminam em um show de “milagres”. Sua interpretação transforma um simples versículo ou uma palavra qualquer numa mensagem apocalíptica e ameaçadora. Seu único propósito é o de extrair do público a fé cega em suas palavras e alguns trocados de suas carteiras. Os fiéis são atraídos pela promessa de prosperidade material e resolução imediata de suas angústias. Os pastores encenam o comércio sacrílego da salvação, da misericórdia divina – indispensáveis aos que sofrem. O tráfico das bênçãos de Deus oferece ao crente o entorpecente de uma falsa paz, o que faz do pastor um criminoso tão, ou mais baixo e vil quanto um reles traficante de drogas. É, como o comércio de entorpecentes, um grave problema de saúde pública. O que o protestantismo promete é um Deus avaro e complacente, computando lucros com a oferta de seus favores, capaz de milagres inacreditáveis para o deleite do público pagante. Desde Calvino e seus sucessores o protestantismo apenas vê na prosperidade material o sinal único da salvação.

O catolicismo nada tem a temer do Protestantismo. O programa deste é limitado, sua ambição, medíocre. Seu humanismo é vulgar e plebeu. Como também foi o do Catolicismo. Um e outro disputam com a indiferença cínica e boçal de seu fieis uma guerra sem vencedor.  Porque o público que lota as ruas, aos domingos, munidos de um livro que jamais serão capazes de ler, por lhes faltar o mínimo de instrução; ou aquele que no fundo das paróquias recolhe-se numa prece a Sto. Antonio, responderá ao apelo, à sedução de qualquer outra fantasia barata que lhes preencha a alma vazia. E olha, que eu nem sou católico...

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Algumas Coisas

As coisas se escondem de mim.
Afastam-se,
Se escondem.
Talvez seja eu...

Importância que não dou as coisas
Intolerância;
E,
Não dou conta de muitas coisas;
Tantas são as coisas que faço
E nunca termino,
Examino sem olhar...
Crendo que nada vai me fugir,

Penso que nada vai se esconder,
Nada vai se afastar...
Deixo ao acaso da sorte
- Incauto

Aos solavancos, na vida,
As coisas se revelam
Sempre que eu preciso...
Comigo é sempre assim.
Talvez seja eu mesmo?!


Rogério Mansera