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segunda-feira, 27 de junho de 2011

O Futebol Agradece

Por: Pedro Garcia


Hoje, todos os holofotes destinados ao futebol estão voltados ao Barcelona, e não sem mérito. A filosofia proposta por Johan Cruyff quando era técnico no final dos anos oitenta, é seguida até hoje. O Barcelona passou a dar suma importância à categoria de base, valorizando desde o inicio um sistema de jogo padrão. Do “fraudinha” ao profissional, todos jogam da mesma forma. A proposta é que com a ascensão destes atletas ao time principal eles já tenham um entrosamento estabelecido ao longo dos anos juntos na categoria de base. O resultado final, ao menos para esta “safra de jogadores”, é fabuloso. Com toques precisos e um posicionamento quase perfeito em campo, a impressão que tenho é que poderiam jogar vendados. O Barcelona de hoje é fantástico, pois consegue conciliar disciplina tática com técnica apurada, pra se ter uma idéia, no ano passado, os três finalistas na eleição de melhor jogador do mundo são jogadores do Barcelona. Ainda assim eles não são imbatíveis, até por que se fossem, o esporte seria outro. No futebol estamos acostumados com resultados inacreditáveis, viradas históricas, gols duvidosos e uma serie de coisas que seria muito mais fácil para um místico explicar que um cronista esportivo, além disso, uma das razões pelo qual acredito que o futebol seja o esporte do mundo, é a oportunidade de se divertir com a prática, e neste quesito ninguém é tão bom quanto o brasileiro. E atualmente nenhuma equipe se diverte mais que o Santos. E como é divertido vê-los jogar, mesmo quando a equipe não está bem e de repente perde, no fim da partida sempre há algum lance empolgante para se comentar, às vezes é um drible do Neymar, outras um passe mágico do Ganso, mas sempre há o que falar. O Santos assim como o Barça investe nas categorias de base. Nenhum outro clube brasileiro produz tantos bons jogadores quanto o Santos. Mais da metade da equipe campeã da Libertadores é formada por garotos que vieram da base. Não existe por lá uma filosofia ou cartilha que doutrine os meninos a determinada tática ou coisa do tipo, eles são ensinados a jogar futebol e se divertir. É impressionante a predisposição ofensiva da equipe, mesmo hoje com Muricy Ramalho no comando, um técnico acostumado a formar times burocráticos e com estrutura defensiva sólida, os “meninos” não param de atacar. Gosto desta combinação, aplicação defensiva imposta pelo técnico + vocação ofensiva dos jogadores.

Graças aos “Deuses do Futebol”, existe uma grande possibilidade destas duas equipes se enfrentarem em dezembro, no mundial interclubes. Aguardo ansiosamente este duelo: supremacia tática versus futebol mais divertido do mundo.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

O Legado da Copa


Por: Pedro Garcia

Estamos a dois anos da Copa do mundo e já temos um recorde, nenhum país sede atrasou tanto o início das obras como o Brasil. E diante deste cenário a pergunta que fica é: Vai dar tempo?
No fundo, resguardado pelo espírito do brasileiro, acredito que concluiremos as obras, até porque no final, deve dar tudo certo mesmo, estes atrasos são normais... Digam como se ganharia dinheiro de verdade com a copa sem fraudar licitações, desviar investimentos ou re-projetar a obra dezenas de vezes? Nossa maquina pública não sabe fazer de outro jeito, o mundo e nós Brasileiros já deveríamos ter nos acostumado com isso. Aqui, este tipo de coisa é feito até em gincana de escola, que dirá no maior evento do esporte mundial, esta é uma oportunidade de ouro para os nossos governantes, literalmente, encherem as carteiras.
Em conversas de fila de banco, mesa de bar, sempre se ouve que deveriam estar fazendo escolas, hospitais, praças, que estes estádios são inúteis, elefantes brancos, etc. Palmas a sabedoria popular! Estão certos e quando dizem isso querem dizer que o Brasil não tem condições de fazer uma copa. É isso e ponto, não há o que argumentar. O tão aclamado “legado da copa”, não chegará para nós. Além de saber que isso nunca chegaria para quem não mora a menos de duzentos metros do estádio, vivo na cidade que há seis anos deveria ter recebido outro legado, o do pan-americano que não chegou a ninguém. Não sou contra a Copa, muito pelo contrário, amo o futebol. No entanto, sou contra a Copa no Brasil.
Pois bem, não vejo solução. A nós, cidadãos brasileiros, cabe torcer, encher os estádios e não fazer “xixi” na rua pra mostrar a comunidade internacional o quanto somos civilizados.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Um brinde ao acaso

Por Pedro Garcia


No esporte, a exigência pela alta performance requer nos dias de hoje habilidades fundamentais para sua prática. Disciplina, treinamento, suor e o que se espera de um atleta de ponta. É até legal analisarmos os esquemas, anteciparmos confrontos, discutirmos posicionamento, mas, o que aguardamos sempre, intimamente, como uma fé que te faz acreditar que seu time vai se classificar mesmo que precise ganhar por cinco a zero jogando fora de casa. Como o sobrenatural reserva do reserva que entra e acerte a cesta antes da linha dos três pontos. Estes são exemplos extremos, pois o tempo todo buscamos o improvável no esporte. Todo time tem seu amuleto, toda torcida sua posição no estádio, até os atletas, artistas do nosso espetáculo, tem suas mandingas. Mas pra mim, o barato do esporte é quando o improvável não se mascara, apresenta-se como é, improvável, incompatível com crenças, ou simpatias.
A Formula 1 sempre foi um referencial tecnológico para industria automobilística, é difícil encontrar mercado com um avanço tecnológico tão latente, quando se fala em esporte não existe nada parecido. E foi justamente neste esporte, em meio a tantos cálculos, formulas e estatísticas que a chuva, previsível, contudo alheia a intuição humana, transformou completamente o espetáculo fazendo reinar o improvável. Desde que soube do GP do Canadá, fiquei empolgado com a corrida, pois neste mesmo dia descobri que a mudança no composto dos pneus foi motivada por conta deste circuito, ano passado a corrida havia sido espetacular, o asfalto abrasivo maltratou os pneus forçando praticamente a todos os pilotos realizar, ao menos, cinco paradas para troca de pneus; aliado a um traçado que é rápido e propicio a ultrapassagem era garantia de emoção. Esperei ansiosamente pela corrida que quase não aconteceu... Depois da chuva, pude ver a volta de uma grande participação de Schumacher. Trocas de posições nos boxes, inúmeras disputas acirradas na pista e o Jason Button que correndo como um campeão. Venceu após duas batidas, seis passagens pelos boxes, sendo uma punição. Sensacional e absolutamente improvável.

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Nos últimos cinco campeonatos nacionais disputados (dois brasileiros e três copas do Brasil), o Rio ganhou três... E ainda dizem que o nosso futebol morreu. Apesar da euforia com o futebol carioca, não posso negar o meu descontentamento com está formula da Copa do Brasil. Na pratica, o Vasco foi campeão empatando. Com o primeiro jogo vencido por um a zero, a derrota por três a dois serviu para sagrar o Vasco campeão, já que mesmo em finais, na Copa do Brasil o principal critério de desempate é gols fora de casa. Deveria ter uma disputa de pênaltis, pra ser mais justo. O Vasco foi campeão em campo e o regulamento é esse desde sempre. Parabéns ao Vasco e repudio a fórmula.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Futebol e Cia.

Por Pedro Garcia



O jogo entre Brasil e Holanda, termina em 0x0, a princípio, só isso basta pra descrever toda a partida. Jogo sem graça, no frio que fez deu até um soninho... Mas, não dormi. Acompanhei uma Seleção Brasileira jogando como joga um time do Joel Santana e seu batalhão de volantes, não desmerecendo o Natalino, mas confesso achar pouco pra uma seleção que atravessa uma geração tão rica em talentos. As comparações com Joel acabam por aqui. Pois depois de um primeiro tempo desorganizado e absolutamente sem vontade, o time voltou para o segundo tempo mais vivo, mas com a mesma preocupante desorganização, problema pouco visto nos times burocráticos, porem organizados do Joel. E o pré-texto de se ter pouco tempo de treinamento, não cabe nesta hora tendo em vista que este é um problema do Brasil e de qualquer seleção de alto nível do futebol mundial. Na “era” Mano Menezes ainda não ganhamos de nenhuma “grande seleção”, perdemos pra Argentina e pra França e agora empatamos com a Holanda. E o destaque de todas estas Seleções sobre o Brasil foi justamente elas terem o mínimo de organização durante os confrontos.  Acredito no projeto do Mano frente à Seleção, mas ele precisa encontrar uma forma segura do time jogar. Terça-feira tem a despedida do Ronaldo muito provavelmente não será desta vez que veremos um padrão confiável de jogo, até porque, jogaremos contra a “poderosíssima” seleção da Romênia. 

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No Brasileirão, apenas o Fluminense venceu entre os cariocas, belíssima vitória por sinal, afinal do outro lado tinha o Cruzeiro que tem um grande elenco, um bom técnico, mas que ainda parece sofrer com a eliminação precoce da Taça Libertadores. O Vasco foi goleado em Curitiba, o que não quer dizer muita coisa, os dois times jogaram com apenas um jogador titular e este jogo não pode servir de parâmetro para ultima partida da final da Copa do Brasil; sem contar que o Vasco carrega uma leve vantagem por ter vencido a primeira partida em casa por 1 x 0. Botafogo e Flamengo empataram seus jogos contra Ceará e Corinthians, respectivamente. No Ceará o jogo foi intenso, e recheado de trapalhadas bisonhas do juiz, justamente num jogo do Botafogo. No jogo contra o Corinthians, o Flamengo foi coadjuvante da festa de despedida de Petkovic. Belíssima festa por sinal, dentro e fora de campo. Na verdade, belíssima mesmo foi só a festa da torcida, por que dentro de campo o jogo não foi lá tão animado, destaque para excelente cobrança de falta de Renato Abreu, a lá Petkovic. Para a atuação do Pet, digo que serviu apenas para deixar-nos a certeza de que pelo menos até o fim do ano ele atuaria em alto nível.

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Nos outros esportes nada de relevante, já que uma vitória da seleção masculina de vôlei sob o comando do Bernardinho é algo absolutamente corriqueiro.