quinta-feira, 9 de junho de 2011

Mapa Ministerial & Etc.

    Sempre que me ponho a ler os noticiários políticos deparo-me com citações sobre órgãos responsáveis por diversas áreas de interesse público, e escrevo por vezes, sobre os mesmos. Ao saber através do Jornal Extra, na edição do último dia 24, que a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, entrara com ação contrária, ano passado, à Agetransp – Agência Reguladora de Transportes Públicos – por identificar que 99% da população usuária, não teria conhecimento de sua atuação. Percebi aí um despautério. Como que se fruísse aos brasileiros o conhecimento dos 24 Ministérios, 8 Secretarias e 6 Conselhos, que formam o Poder Executivo do país juntamente à Presidência, por exemplo. Não, a maioria da população usuária dos serviços públicos não reconhece a utilidade e nem os comandantes das equipes grandiosas que lhes prestam serviços, seja qual for a esfera de governo.

    Por estes motivos estaremos fazendo um mapa dos Ministérios e suas atividades, no intuito não só de opinar, cousa que vem a ser nossa vocação, mas também para informar. O Mapa se desenrolará sempre em duas semanas, sendo a primeira expositiva e a segunda sobre fatos recentes.

    Começamos com o Ministério do Esporte.

    Alguns aspectos ressaltam a importância do esporte, e conseqüentemente do Ministério, são que ele permite a aproximação e confraternização dos povos, possibilita a divulgação de uma melhor imagem externa dos países, já que os eventos mais importantes são vistos por milhões de pessoas em todo o mundo (não se pode questionar a contribuição do futebol brasileiro para a criação de uma marca Brasil); pode ser utilizado como elemento de motivação da educação tradicional e possibilita maior interação das pessoas com o meio ambiente.

    Comandado por Orlando Silva de Jesus Junior, e cabe aqui um a adendo, pequena contribuição nossa para você saber quem é o atual Ministro: Entre o final de 2007 e o início de 2008, Orlando Silva figurou em meio às denúncias de gastos supostamente irregulares nos cartões de crédito corporativos distribuídos pelo governo federal a alguns servidores para custear despesas extraordinárias. A imprensa divulgou que o ministro efetuou diversos pagamentos em restaurantes em dias que, segundo a agenda divulgada pelo ministério na internet, não haveria compromissos oficiais. O ministério justificou alegando que havia "problemas de atualização" na divulgação da agenda. O gasto mais polêmico, porém, foi com a compra de uma tapioca por R$ 8,30, alegadamente devido a um engano na utilização dos cartões. O relatório da Comissão Parlamentar de Inquérito que investigou o assunto isentou o ministro de culpa. No decorrer do escândalo, Orlando Silva devolveu todo o dinheiro gasto no cartão do qual era portador, no total de R$ 30.870,38. Foram devolvidos inclusive os gastos realizados conforme a legislação, pelo menos é o que consta.

    O Ministério do Esporte tem como missão estratégica (segundo constante em seu portal na internet) construir uma Política Nacional de Esporte, além de desenvolver o esporte de alto rendimento e promover ações de inclusão social por meio do esporte, pena essa declaração não elucidar a situação caótica das vilas olímpicas espalhadas pelo país... É também um dos principais Ministérios envolvidos nos eventos internacionais que serão realizados no Brasil: a Copa do Mundo de Futebol e as Olimpíadas, respectivamente, em 2014 e 2016. Sendo de sua competência preparar jovens talentos para representar o país nas competições, promover os eventos nacional e internacionalmente, bem como aprimorar a infra-estrutura e organização em função deles. No que diz respeito à preparação dos talentos, posso dizer que no Brasil, se a iniciativa privada não houvesse encontrado nas últimas décadas, o marketing esportivo, que vem a ser uma prática antiqüíssima em países desenvolvidos e/ou antigos, muitos dos atletas brasileiros não haveriam participado de competições internacionais e quanto à infra-estrutura, digo hoje, que há muito o que ser tratado e para que não haja enfado, o faremos na próxima fase do mapa.
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     Por dar a devida importância aos fatos que se sucederam nesta semana, não poderia deixar de declarar minha consternação com o fato de Antônio Palocci, não ter ido à Câmara dar as explicações que devia. Com um argumento pífio, o Presidente da Câmara, o livrou da sabatina da oposição, na terça-feira (7), como eu prenunciava, no mesmo dia, após a decisão de Marco Maia, Palocci pediu demissão, até porque aguardar que a presidente Dilma o fizesse, seria aumentar o desgaste político em que se envolveu.  
    Os mais ingênuos podem até acreditar que isso é bom, mas o fato, é que Palocci continuará a exercer cargo administrativo, e de extrema importância: Membro do Conselho de Administração da Petrobrás... Enfim, apagam-se os holofotes, a personagem sai, entra outra, mas o ator é o mesmo.
   Enquanto isso no Rio, após trabalhadores invadirem o quartel central do Corpo de Bombeiros, no centro, na noite da sexta-feira (3), em uma manifestação por melhores salários (o conflito terminou com a prisão de 439 bombeiros na manhã do sábado (4)), o governador Sergio Cabral, tentava, ao dar uma entrevista coletiva, vandalizar os manifestantes, esquecendo-se: que o piso salarial da categoria é de R$ 950, o menor do país; que a ‘pendenga’ está a rolar na Alerj desde meados de abril e que esta seria apenas mais uma das várias manifestações que organizavam e realizaram desde então; que os bombeiros são o grupo que mais tem apoio da população civil em relação as outras divisões da corporação, por ser visto como “menos corruptível”; que a oposição não perderia a oportunidade de fortalecer o conflito (vide os debates nervosos envolvendo Clarissa Garotinho, Cidinha Campos e Flavio Bolsonaro, no início de maio),demonstrando assim completa inaptidão para resolver problemas dessa magnitude. Errou feio o Governador, a onda vermelha, quase o afoga por todos os cantos do Estado e um acordo se faz necessário e urgente.













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