segunda-feira, 13 de junho de 2011

Um brinde ao acaso

Por Pedro Garcia


No esporte, a exigência pela alta performance requer nos dias de hoje habilidades fundamentais para sua prática. Disciplina, treinamento, suor e o que se espera de um atleta de ponta. É até legal analisarmos os esquemas, anteciparmos confrontos, discutirmos posicionamento, mas, o que aguardamos sempre, intimamente, como uma fé que te faz acreditar que seu time vai se classificar mesmo que precise ganhar por cinco a zero jogando fora de casa. Como o sobrenatural reserva do reserva que entra e acerte a cesta antes da linha dos três pontos. Estes são exemplos extremos, pois o tempo todo buscamos o improvável no esporte. Todo time tem seu amuleto, toda torcida sua posição no estádio, até os atletas, artistas do nosso espetáculo, tem suas mandingas. Mas pra mim, o barato do esporte é quando o improvável não se mascara, apresenta-se como é, improvável, incompatível com crenças, ou simpatias.
A Formula 1 sempre foi um referencial tecnológico para industria automobilística, é difícil encontrar mercado com um avanço tecnológico tão latente, quando se fala em esporte não existe nada parecido. E foi justamente neste esporte, em meio a tantos cálculos, formulas e estatísticas que a chuva, previsível, contudo alheia a intuição humana, transformou completamente o espetáculo fazendo reinar o improvável. Desde que soube do GP do Canadá, fiquei empolgado com a corrida, pois neste mesmo dia descobri que a mudança no composto dos pneus foi motivada por conta deste circuito, ano passado a corrida havia sido espetacular, o asfalto abrasivo maltratou os pneus forçando praticamente a todos os pilotos realizar, ao menos, cinco paradas para troca de pneus; aliado a um traçado que é rápido e propicio a ultrapassagem era garantia de emoção. Esperei ansiosamente pela corrida que quase não aconteceu... Depois da chuva, pude ver a volta de uma grande participação de Schumacher. Trocas de posições nos boxes, inúmeras disputas acirradas na pista e o Jason Button que correndo como um campeão. Venceu após duas batidas, seis passagens pelos boxes, sendo uma punição. Sensacional e absolutamente improvável.

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Nos últimos cinco campeonatos nacionais disputados (dois brasileiros e três copas do Brasil), o Rio ganhou três... E ainda dizem que o nosso futebol morreu. Apesar da euforia com o futebol carioca, não posso negar o meu descontentamento com está formula da Copa do Brasil. Na pratica, o Vasco foi campeão empatando. Com o primeiro jogo vencido por um a zero, a derrota por três a dois serviu para sagrar o Vasco campeão, já que mesmo em finais, na Copa do Brasil o principal critério de desempate é gols fora de casa. Deveria ter uma disputa de pênaltis, pra ser mais justo. O Vasco foi campeão em campo e o regulamento é esse desde sempre. Parabéns ao Vasco e repudio a fórmula.

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