terça-feira, 26 de julho de 2011

O Pecado Capital

Por: Rogério Mansera


Às vezes as pessoas não acreditam em mim quando afirmo não gostar do Dinheiro. Obviamente não sou louco para rasgá-lo e nem idiota para não querê-lo, mesmo porque ele é ainda a forma mais prática para se recompensar por um trabalho. Apenas acredito que a importância do dinheiro é superestimada pela grande maioria, que não consegue enxergar o quanto ele pode ser perverso, a despeito de sua grande utilidade...
Também pudera, o dinheiro pode comprar quase tudo que há por aí a fim de proporcionar diversão, segurança e conforto – coisas que todos querem. Ele te deixa auto-confiante, ajuda a te manter saudável e até mais bonito; por isso é o maior objeto de desejo de nove entre dez pessoas. Um culto perigoso que trás consequências desastrosas para o desenvolvimento da humanidade. Ao começar por sua intromissão maléfica na política, promovendo a miséria e afetando a vida de todos nós; que financiamos o sistema pagando impostos, que deveriam retornar em forma de saúde, segurança, educação e outros serviços fundamentais; tudo, para que poucos possam desfrutar de viagens, usufruir barcos e casas de veraneio... Não passam de criminosos subtraindo nossas riquezas e dificultando nossas vidas com a promoção da pobreza extrema. A corrupção não está só aí, também está presente na indústria, que não cessa desmatamentos e emissões de gases na atmosfera em pro dos lucros. Está no esporte quando se manipula resultados e na religião quando se vende a esperança através das escrituras. Contamina até a arte quando a banaliza e a explora indiscriminadamente, transformando artistas em meros produtos descartáveis.
O mal faz parte da natureza humana e a superestima pelo dinheiro é o solo fértil para que percamos nossa alma, cegos pela ideia da realização pela fortuna.   Não é difícil encontrar quem esteja disposto a fazer qualquer coisa pra ganhar uns trocados.  Roubar e matar são apenas extremos; há quem se case, há quem traia e quem não se importe com o ridículo... De alguma forma, alguns acabam com suas vidas e outros preferem acabar com a de seu próximo, contrariando o ensinamento mor do cristianismo. O poder do dinheiro é destrutivo e nos corrompe a identidade e a dignidade... Por isso, sou daqueles que acreditam na realização pessoal através do ser, o que eu faço é o que me define. Sonhos e virtudes, assim como o amor, não se compram, são cultivados com trabalho e o aperfeiçoamento. O dinheiro deve ser apenas uma consequência, não o fim e a felicidade não deve ser vinculada a ele. O dinheiro passa de mão em mão sem jamais pertencer a alguém de fato, muito pelo contrário, as pessoas parecem estar aprisionadas a ele, e assim padecem. Para esses, a hora da morte será a constatação de que as suas vidas não valeram literalmente nada...

Um comentário:

Rubinho magoo disse...

O mundo entrou em um processo sem volta, o capitalismo de hoje não difere daquele de 5000 snod strás, pois entre os povos primitivos haviam também classes que eram separadas por castas, de Reis, sacerdotes, soldados e escravos, todos eles desfrutando conforme sua importância.O ser humano continua a mesma criatura, mesquinha, egoísta e com sua cupídez cada vez maior. Meu amigo, entrando no seu raciocínio sobre o ser humano não dar importância a nada além do dinheiro,eu resumo esse assunto falando de um personagem que apesar de despertar muitas dúvidas sobre seu respeiro e autenticidade, uma coisa é certa ele revolucionou no campo das idéias sobre esse assunto, quando em seus sermões falava sobre a evolução espirutual e pedia que desapegassem dos bens materiais e voltassem suas vidas para as coisas de Deus, e o quê aconteceu? mataram ele ,e é isso aí o que acontece, enfim a humanidade está corrompida.